O tema deste "Ciência à Conversa" incidiu sobre as microalgas, uma fonte de nutrientes alternativa e sustentável. Carla Santos, docente da ESTBarreiro, abordou as vantagens e desvantagens que as microalgas apresentam e que projetos estão a ser desenvolvidos no IPS neste campo.
As microalgas são abundantes na natureza, tanto em meios aquáticos salinos como de água doce, fazendo parte da base da cadeia alimentar nesses habitats. São microrganismos unicelulares com diversas formas, cores e dimensões, conhecendo-se 35 mil espécies diferentes. Têm a capacidade de tornar a atmosfera respirável através da absorção de dióxido de carbono.
Nesta sessão, foram apresentadas algumas das espécies mais conhecidas, para que fins podem ser utilizadas e até a sua importância nos nossos dias.
As microalgas podem ter as mais variadas utilizações, tais como na nutrição humana e animal, na aquacultura, na indústria farmacêutica, na cosmética, no tratamento de águas residuais e até no condicionamento ou fertilização de solos.
Outra aplicação seria a produção de biocombustível a partir das microalgas, apresentando um conjunto de vantagens bastante relevante, nomeadamente o facto de não necessitarem de terras aráveis para se reproduzir.
Atualmente as microalgas estão a ser produzidas em escala industrial, no entanto estas tecnologias têm custos de produção elevados, o que faz com que o produto final não seja competitivo face às fontes de proteína atualmente existentes no mercado, pelo que a investigação científica tem-se focado em todos os aspetos que podem levar à redução destes custos.