No passado dia 4 de julho o Instituto Politécnico de Setúbal (IPS) promoveu o seminário “Alterações climáticas - sustentabilidade e resiliência societal”, no Auditório da Escola Superior de Tecnologia do Barreiro (ESTBarreiro/IPS).
A iniciativa inseriu-se no âmbito do programa de comemorações do 40.º aniversário do IPS e atendeu a uma temática que está na ordem do dia. As observações meteorológicas realizadas em Portugal indicam que o clima português tem sofrido um aquecimento acelerado desde 1976, com tendência significativa do aumento do número de “dias de Verão” e de “noites tropicais”, bem como no índice anual de ondas de calor. Quanto à precipitação, com evolução bastante irregular, não se verificam tendências significativas no valor médio anual, mas têm aumentado os episódios de chuvadas intensas.
As secas e as cheias são duas faces da mesma moeda, e o IPS trouxe-as a discussão, com um painel de especialistas em recursos hídricos do Centro de Estudos e Desenvolvimento Regional e Urbano, da Agência Portuguesa do Ambiente, da Câmara Municipal de Setúbal, do Laboratório Nacional de Engenharia Civil e da Federação Nacional de Regantes.
A moderação esteve a cargo de Jaime Melo Baptista, investigador coordenador do LIS-Water (Centro Internacional para a Água), coordenado pelo Laboratório Nacional de Engenharia Civil. O debate contou com as intervenções de João Telha, do Centro de Estudos e Desenvolvimento Regional e Urbano (CEDRU), Nuno Lacasta, presidente da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), Nuno Viterbo, da Câmara Municipal de Setúbal, Paula Beceiro, Rita Brito e Maria do Céu Almeida, do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC), e de Carina Arranja, da Federação Nacional de Regantes (projeto AGIR).